«Se quer uma coisa bem feita, faça você mesmo» deve ser um dos mais gastos e puídos ditados da história da humanidade, bem como a maior causa natural de húbris. Afinal, aquilo que nós achamos bem feito nem sempre o é para os outros, e a boa intenção do ditado de incentivar ao empreendimento e à auto-suficiência facilmente degenera no facilitismo de fazermos aquilo que é mais conveniente para nós – logo, melhor, donde, bem feito.
Foi mais ou menos isso que aconteceu aqui. O sítio antigo das Crónicas podia ser estuturalmente sólido, mas era moroso actualizá-lo, e os responsáveis pela sua criação não mais têm tempo para me servirem de linha de apoio. Como tal, optei por pegar fogo a uma casa que estava já demasiado grande e confusa para uma pessoa só, e montar uma barraquinha com aquilo que restasse. O resultado é o que aqui vêem: um pequeno e aconchegado cantinho que eu posso decorar e redecorar à minha vontade, e onde me será bem mais fácil fazer actualizações e inserir entradas de uma forma mais regular.
Posto isto, e em memória da defunta secção FAQ, permitam-me antecipar-me àquelas que julgo virem a ser as perguntas mais imediatas:
Filipe-faria.com? A que propósito? Deste em megalómano?
Não digo que não. Mas o motivo principal prende-se com o facto de 2010 ser o ano em que será lançado o último volume das Crónicas de Allaryia, e embora eu faça tenções de revisitar o mundo no futuro, a minha carreira literária não se cingirá a esses sete volumes, além de que já era altura de fazer essa mudança, com Talismãs, Barões e Leopoldinas lá pelo meio.
Está bem, mudaste o sítio. E os conteúdos?
Como poderão constatar, pormenores estéticos à parte, os conteúdos permanecem por enquanto inalterados, com uns acréscimos e correcções aqui e ali.
O que é esta «Palavra do Dia» ali nas Categorias?
Uma ideia que tive. Decidi fazê-lo porque acho sinceramente que o léxico português do dia-a-dia é extremamente reduzido, e embora não nutra esperanças de um dia ouvir alguém na rua a dizer que ficou com a cabeça «cruenta» depois de ter batido com ela, nem tenha pretensões de ser a Bobone do vocabulário, acho que um glossário mais abrangente só pode enriquecer a comunicação. Ironicamente, as palavras que eu partilharei são elas também de um teor algo restrito, visto que a lista que eu compilei ao longo dos anos foi feita com o intuito de me ajudar a descrever um mundo fantástico e pseudo-medieval, mas estou certo de que haverá sempre alguma palavra para alguém.
Isto agora parece mesmo um blogue, mas não posso fazer comentários. És contra a Web 2.0? Porquê esta lacuna?
Por várias razões, que passo a enumerar:
– Não quero aumentar o tamanho do meu pénis, nem lidar com banqueiros nigerianos.
– Não tenho tempo para moderar comentários. E infelizmente é sempre preciso moderar comentários.
– Quem quiser dizer-me alguma coisa pode enviar-me um mail, que eu sempre disponibilizei o endereço.
– Comentários tornam as páginas desnecessariamente longas e atafulhadas. Sim, sou obsessivo-compulsivo.
Já não há ligação para a mailing list. Cancelaste-a?
Ainda não, mas deixarei de enviar avisos sempre que actualizar a página. Usem o botão RSS no campo superior direito para se manterem a par do que se passa por estas bandas, porque o sítio será doravante actualizado com mais regularidade.
Por agora é tudo. Provavelmente esqueci-me de alguma coisa, mas posso sempre voltar e acrescentar algo mais. Dêem uma vista de olhos e digam-me o que acham que está bem, o que falta, o que poderia dar jeito. Como já disse, o último volume das Crónicas sairá em 2010, e apesar de não poderem fazer comentários, vou precisar da vossa opinião para algumas coisas relativas ao(s) lançamento(s) do livro, que tanto eu como a Editorial Presença queremos que seja especial. Mais informação para breve…