Sábado, dia 10 de Dezembro, marcarei presença na Comic Con para duas iniciativas: uma sessão de autógrafos às 16h30 e um painel de perguntas e respostas com Madalena Santos (Terras de Corza) às 18h15.
Quanto à restrospectiva antecipada, 2016 foi um ano muito interessante, e 2017 promete sê-lo mais ainda. Quem consulta este espaço com um mínimo de regularidade sabe que silêncios prolongados fazem parte do charme deste meu púlpito virtual, mas desta vez até teve outro motivo que não a minha maneira de ser reservada e de poucas palavras. Falo, como poderão deduzir, da minha «segunda» vida como tradutor, que este ano atingiu uma regularidade e fiabilidade que até aqui nunca tinha tido, e que me obrigou a dar-lhe a devida prioridade.
Paralelamente, apesar da fase menos boa que atravessei a nível literário no pós-Allaryia, encontro-me agora num claro ascendente, em grande parte devido ao número de oportunidades que me surgiram das mais variadas e inesperadas fontes. Assim – e sem entrar em grandes detalhes, encontro-me neste momento a dividir a minha atenção entre o último volume do Felizes Viveram Uma Vez, uma colaboração de banda desenhada (praticamente concluída), um projecto original de banda desenhada, um libreto para ópera e um projecto particularmente ambicioso que pode dar em tudo ou nada, e que poderá acelerar o meu regresso a Allaryia para contar o segundo e último ciclo das Crónicas. Como se isso não bastasse, o bichinho dos jogos de representação tornou a morder-me, e, após uma sabática de oito anos, vou organizar novamente uma campanha, que, para todos os efeitos, é como estar a escrever um livro, para o qual é preciso desenhar mapas, elaborar as estatísticas de bichos e rolar bastantes dados.
Escusado será dizer que não estou a fazer tudo em simultâneo, mas estou obrigado a alocar tempo e recursos para ir preparando as coisas e ir adiantando serviço para os projectos a que ainda não dei início. Isto sem descurar a tradução, a vida e, já agora, os momentos necessários para a escrita de entradas como esta. Por isso, e porque o relógio não pára, por aqui me fico por ora, agradecendo o vosso interesse, esperando ver-vos na Comic Con e acalentando a esperança de poder continuar a proporcionar-vos momentos de prazer e diversão literários nos próximos anos. Porque é isso o que mais prazer me dá.