Muitos anos antes de o Gonçalo Lourenço ter composto as sete faixas para a edição especial do Oblívio, já eu tinha tentado “dar música” aos leitores – ou, melhor dizendo, arranjei quem lhes desse música por mim. Munido do meu fiel Casio CA-100 (daqueles com o botão Demo que tocava o “Together Forever” do Rick Astley) e de um mais fiel ainda amigo com jeito para a música, tratámos de arranjar um tema genericamente medievo com arrebiques proto-barrocos para servir como música de fundo para o velhinho allaryia.cjb.net.
Anos mais tarde, e meses antes da publicação do Marés Negras, andava eu a brincar com animações em flash, quando me decidi a fazer um trailer à maneira. Munido do mesmo Casio, e recrutando desta vez para o efeito a minha irmã, encetei nova colaboração para dar a Allaryia novos sons e imagens, neste caso os esboços que o Samuel Santos tinha preparado para a bicharada que ia aparecer no volume.
Para o vindouro regresso a Allaryia é que ainda não posso prometer música, nem sequer adiantar que está algo na calha – até porque o meu saudoso Casio já há muito que deu o berro – mas nunca se sabe…