Dragomante

Em Março, em data concreta a determinar para as bancas, mas com lançamento marcado para o festival Coimbra BD, sairá o meu mais recente projecto de banda desenhada: Dragomante – Fogo de Dragão.

À semelhança do Talismã, o meu primeiro trabalho com o Manuel Morgado, também este nasceu de uma ideia e de uns desenhos que precisavam de um argumento por trás – ou seja, caí de pára-quedas numa história que estava feita, mas que ainda precisava de ser contada… e de ter um ponto ou outro acrescentado.
Ora, como julgo já antes ter referido, costumo ser muito cioso das minhas criações e, tal como a camisa da No Fear que usei nos meus anos de adolescente rebelde, fui cultivando ao longo dos anos uma reputação de alguém que não trabalha bem com outros em empreendimentos criativos. Mas a verdade é que, após o Talismã (e, sim a Leopoldina), e a minha ambição de um dia escrever para a DC Comics – e de me ter deixado um pouco da adolescência e da rebeldia – começou a ser um pouco mais fácil trabalhar comigo, e eu trabalhar com outros. Confesso também que, por muito que preze a liberdade infinita de criar os meus próprios mundos e ser senhor deles, é desafiante e estimulante trabalhar numa área circunscrita como uma história de BD já desenhada, que precisa apenas de texto que faça sentido dos desenhos bonitos. E bem bonitos são eles, como podem comprovar, e como o atesta o facto de o Manuel já começar a ter nome além-fronteiras – um reconhecimento mais que merecido.Esperemos que ele também seja reconhecido cá por terras lusas, ao contrário de tanto outro artista luso que vinga fora de casa. E que a narrativa que teci com base na arte dele seja do vosso agrado, mas isso logo poderão avaliar numa entrada futura.

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