… e parece que o aluno mediano também o faz.
Não é a primeira vez que regresso à Escola Alemã, onde fiz toda a minha formação desde o jardim de infância, nem sequer é a primeira vez que lá volto enquanto escritor. Mas é a primeira em que lá vou com idade superior à de alguns professores, o que foi uma sensação curiosa. Já há muito que superei a sensação de estar «do outro lado», eu que nem de provas orais gostava, mas é diferente voltar à nossa alma mater como quarentão do que como vintão ou trintão.
Muita nostalgia, muitas reminiscências e, felizmente, interesse q.b. da parte dos alunos. Quando participo nestas iniciativas, digo sempre que não vou como criador, mas como agricultor, e que o meu objectivo é plantar sementes que mais tarde poderão vir a germinar. Foi assim que comigo aconteceu, no que ao hábito de leitura diz respeito, e tenho sempre esperança de que a minha presença e o meu palavreado possam vir a fazer o mesmo com os jovens.
Não tenho por hábito falar das minhas idas a escolas, mas tendo em conta que foi na EAL que tudo começou, onde aprendi a gostar de ler, onde Allaryia se desenvolveu, durante a qual A Manopla de Karasthan foi escrita e onde os drahregs nasceram, senti que tinha de referir esta.