O que ficou por explorar

Tal como esperado e vaticinado, este derradeiro volume das Crónicas está a avançar devagar de início. Muita verificação e dupla verificação, muita comparação de notas e apontamentos, muita trepidação de quem sente que algo de importante está verdadeiramente a chegar ao fim. E muito revisitar de pastas e subpastas, muita revisão de material de pesquisa acumulado ao longo de mais de vinte anos, que acaba também por servir de retrospectiva, não só do que usei em volumes passados, como também de coisas que nunca ou mal cheguei a usar.

Possivelmente a pasta mais antiga do meu computador. E já migrou de uns quantos.

Se bem se lembram, os eahan brunos apareceram uma única vez, no Vagas de Fogo. Forlornya mal foi mencionada ao longo de toda a história, Namuriqua quase nem ouvi-la, Tayğatar lá deu de si nestes últimos volumes, e Thýr ficou-se por uma quase-visita dos companheiros n’A Manopla de Karasthan, mostrando-se sobretudo na sua influência cultural em Vaul-Syrith nos restantes volumes.

Do calendário allaryiano, pouco se ouviu falar (e ainda bem, porque não estava particularmente bem desenvolvido). Não me lembro de ter usado o calendário agrário para mais do que um ou outro comentário numa conversa ou descrição, e a numismática medieval também pouco uso teve, até porque me limitei a dar nomes diferentes às divisas de cada nação.

Felizmente, nada se perde e tudo se transforma, e embora esteja a escrever A Última Crónica, a minha ideia é voltar esporadicamente a Allaryia para contar histórias soltas. Será um bom pretexto para visitar essas tais partes do mundo que nunca cheguei a explorar verdadeiramente. Ou, quem sabe, outros poderão vir a fazê-lo…

A título de curiosidade, o ficheiro de longe mais utilizado é o «Verborreia», onde acumulei o acervo vocabular que vou partilhando no RCPalavras. Criado em finais de Março de 1997, já foi editado 1780 vezes, conta com 58 páginas de palavras e palavrões e acumulou um total de 116 horas de edição (para terem uma ideia, A Era da Ruína tem 135).