A Manopla de Karasthan

Na imensidão cósmica existe um mundo, Allaryia, de grandes heróis e vilões infames, de seres de uma beleza indescritível e criaturas maléficas de uma fealdade atroz, nações poderosas e impérios tirânicos. Depois de muitas eras que alternaram entre a paz e a discórdia, Allaryia encontra-se num tempo de aparente tranquilidade, de uma calma inquietante, semelhante ao silêncio que antecede a tempestade.  Algures, numa câmara escura, subterrânea, algo se move, tentando libertar-se de anos de cativeiro, algo monstruoso, inumano, sedento de sangue e dor. O povo de Allaryia perdeu o seu campeão – Aezrel Thoryn, provavelmente morto numa batalha contra o Flagelo, a força das trevas, em Asmodeon – e mais do que nunca precisa de protecção. Aewyre Thoryn, o filho mais novo do saudoso rei, pega em Ancalach, a espada do seu pai, decide descobrir o que realmente lhe aconteceu e parte a caminho de Asmodeon. O que o jovem guerreiro não podia prever era que a sua demanda pessoal se iria transformar, à medida que os encontros se vão sucedendo, na demanda de um grupo particularmente singular, que reunirá a mais estranha e inesperada mistura de seres – Allumno, um mago, Lhiannah, a bela princesa arinnir, Worick, um thuragar, Quenestil, um eahan, Babaki, um antroleo, Taislin, um burrik, Slayra, uma eahanna negra e o próprio Aewyre. O ritmo a que se sucedem as aventuras é absolutamente alucinante, a cada passo surgem perigos mais tenebrosos, seres aterradores que esperam, ocultos nas sombras, o melhor momento para atacar e roubar a tão desejada Ancalach… Mas os laços de amizade que unem o grupo estão cada vez mais fortes e, juntos, sentem-se capazes de enfrentar qualquer inimigo.

Foi com este volume que tudo começou. Decisões complicadas como optar entre «Quenesti» e «Quenestil» tiveram de ser rapidamente tomadas antes da publicação. Olhando de cima do pedestal que os anos montaram, vejo toda a inexperiência patente nos trémulos dedos de um neófito de 16 anos, e não consigo deixar de sorrir com os ocasionalmente dolorosos diálogos. Porém, ainda hoje sinto toda a energia que nele foi investida, a alegria de quem estava a realizar um sonho, o dinamismo de uma escrita pueril, porém dinâmica, e julgo que continua a transmitir essas vibrações. Ficaram plantadas as sementes de um mundo que vai crescendo à medida que é escrito.

  • Galardões: 2
  • Palavras: 188.162
  • Páginas (livro): 526
  • Páginas (manuscrito): 594
  • Tempo de produção: 4 anos
  • Premiado como: «Crónicas de Allaryla»
  • Também premiado como: «Crónicas de Allarvia»
  • Lapso mais frequente: «A Manápula de Karasthan»

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