Talismã

O outrora poderoso Reino de Vergudir foi vencido pelo aço das espadas dos Ugrator. Do seu antigo poder resta apenas um talismã. Um de quatro talismãs que representam o legado dos progenitores e que, quando juntos, trarão um imenso poder ao seu detentor. Um poder que Vihir terá de impedir que caia nas garras cruéis dos Ugrator, contando para isso com o mais improvável dos aliados, o ladrão Janhar.

Assim consta na contracapa de um projecto no qual eu à época tão cedo não julgava que me iria envolver: um livro de banda desenhada. Talismã partiu de uma ideia original do Manuel Morgado, que a enviou às Edições Devir com o intuito de encontrar um colaborador que elaborasse a história e aperfeiçoasse o argumento. A ideia de uma colaboração pareceu-me interessante, e a perspectiva de reformular um mundo e um enredo usando desenhos já feitos – criando algo de novo com bases preestabelecidas ao mesmo tempo que me mantinha fiel à alma do rascunho original – foi deveras aliciante, pelo que aceitei. No espaço de duas semanas, reescrevi o argumento, e acrescentei 30 páginas às 40 originais do Manuel, que as desenhou quase tão depressa quanto eu as escrevia. Foi um projecto estimulante e gratificante, num mundo com o qual estou intimamente familiarizado, mas no qual até então nunca tivera ocasião de me aventurar, bem como o início de uma cada vez mais proveitosa e prazenteira colaboração com o Manuel.


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